Publicado em 06/02/2020

Entenda impacto que a venda de bebidas no carnaval tem para o setor

Entenda impacto que a venda de bebidas no carnaval tem para o setor

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É comum, em determinados segmentos de produtos e serviços, ocorrerem picos sazonais no consumo.

No caso da venda de bebidas, grandes eventos e datas comemorativas geram oportunidades para as empresas do setor, seja por meio de patrocínio ou ação espontânea por parte do público.

O aumento na época do carnaval não é necessariamente uma novidade. Mas devido à popularização dos bloquinhos de rua nos últimos anos, isso se tornou exponencial.

Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja, o segmento vendeu cerca de 1,3 bilhão de litros durante o feriado em 2019.

O número teria representado 10% do valor que se esperava obter para o ano inteiro. Somente o período seria equivalente a um mês de vendas para o setor.

Afinal, cada vez mais pessoas vão a espaços, tanto públicos quanto privados, para aproveitar o carnaval. Se, antes, as comemorações se concentravam nos sambódromos e eventos organizados com escolas de samba, o cenário se expandiu exponencialmente.

De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, em 2019, teriam ocorrido 464 blocos em São Paulo. Neste ano, foram inscritos 796. No Rio de Janeiro, o número também é significativo, contando com 731 blocos para 2020, de acordo com a Riotur.

Empresas locais impulsionam

Embora haja maior concentração nas capitais de alguns Estados, elas estão longe de serem o único local cuja circulação de pessoas se intensifica durante o período.

Os preços das viagens decolam em decorrência da demanda, as praias lotam e inclusive cidades menores, com maior dependência do setor turístico, podem passar por um aumento na procura.

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Alguns dos visitantes os fazem com o desejo de fugir dos blocos. Outros, apenas de se divertir onde a multidão não seja tão avassaladora.

De qualquer forma, observar essa circulação de pessoas e o impulso proporcionado a empresas locais convém a quem deseja se expandir onde não haja uma concorrência tão intensa.

Feriados são oportunidades para venda de bebidas

O fenômeno já foi percebido por algumas marcas, que aproveitam essa época para fazer lançamentos exclusivos.

A Skol, por exemplo, anunciou no final de 2018, a Puro Malte, e segue na mesma direção em 2020. Após anunciar a Skol Beats 150 BPM sob a direção da cantora Anitta como head de inovação e criatividade da linha de produtos, fez, também, uma versão de Gin Tônica.

Além da Skol, outra participante do mercado cervejeiro que marca presença durante o evento por meio dos patrocínios é o Grupo Heineken.

A marca atua em diferentes capitais investindo em pontos, blocos e produtos específicos como forma de se inserir e obter retorno na venda de bebidas.

As estratégias não são meras aventuras. De hits de verão a fantasias e tutus, o cenário inteiro já está pronto para que as pessoas tenham experiências de consumo únicas.

A participação da marca nisso, portanto, é bastante pertinente para que seja associada pelo público a momentos divertidos e descontraídos.

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Nova call to action

Além do carnaval: tendências de produtos

No mercado de bebidas, grupos grandes possuem ampla diversidade de produtos que são ofertados a perfis de consumidores diferentes. Além disso, o segmento apresenta inovações e adequações crescentes.

Segundo estudo encomendado pela Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) à KPMG, divulgado em novembro de 2019, houve aumento de 4% em mudanças realizadas em produtos já existentes ou mesmo novidades lançadas no setor.

Mas isso está longe de se restringir aos grandes. A análise divulgada pela associação indica, também, oportunidades para as empresas menores.

As cervejas especiais, entre as quais está a categoria das artesanais, apresentaram nos últimos anos uma taxa de crescimento anual de 35% em vendas entre 2014 e 2018.

Esses dados mostram, portanto, oportunidade para ambos os tipos de empresas e possibilidades de expansão para o setor.

Pulverização de destilados

O segmento cervejeiro não é o único com essas alternativas. No caso dos destilados, a cachaça é um produto tipicamente brasileiro que tem atraído interesse dos consumidores do exterior.

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O caso é similar ao da tequila mexicana que, além de outros países, cresceu em comercialização também no Brasil.

O gin, entretanto, é o que obteve maior crescimento na venda de bebidas do tipo no país, com aumento de 35% de 2014 a 2018, segundo a Abrabe.

Um aspecto que influencia nessa experiência do consumidor consiste na popularização da mixologia. Além disso, os apreciadores têm maior interesse em saber como preparar drinques em casa e, assim, recorrem a essas bebidas.

Os públicos têm diferentes costumes conforme região

O interesse na internacionalização de bebidas com identidade geográfica, como a cachaça e a tequila, mostram a importância que esse tipo de produto possui para algumas regiões.

Não apenas em relação à produção e ao consumo, mas também os hábitos da população estão relacionados a isso.

No OnMaps, ferramenta de geomarketing da Geofusion, realizamos uma busca para entender quais os principais municípios a consumir bebidas alcoólicas.

Para isso, filtramos conforme o modo como ocorre a venda de bebidas e em seguida dividimos pelo número de domicílios correspondente. Confira:

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Com essas informações, conseguimos identificar que os 10 primeiros municípios com maior intenção de gastos com bebidas fora do domicílio são da região nordeste do Brasil.

Quando a informação se refere a gastos dentro do domicílio, os 10 primeiros ficam localizados na região sul.

Se considerar, entretanto, a soma de gastos dentro e fora do município, o cenário demonstra variações com predominância entre as regiões sudeste, nordeste e norte.

Esses aspectos podem indicar, por exemplo, diferenças culturais entre as regiões.

No sul, as festas tradicionais de vinhos e a venda de bebidas para preparação de churrascos podem ser algumas pistas, enquanto no nordeste, pode haver predominância do costume de consumir o produto em bares e espaços turísticos.

Já no sudeste, o relativo equilíbrio entre os gastos pode ocorrer devido à participação mais intensa de empresas de ambos os tipos de segmento. Além disso, a própria densidade demográfica e a circulação de pessoas são fatores a se considerar quando se trata dessa região em específico.

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A diferença do conhecimento em geomarketing nos resultados

Nestes casos, informações a respeito de questões geográficas podem fazer toda a diferença para o sucesso de uma estratégia de expansão ou de produtos.

Em bairros de renda mais alta, por exemplo, é possível encontrar determinadas linhas que dificilmente são distribuídas em outras regiões da cidade.

Além disso, aspectos locais, como o próprio comportamento do consumidor, podem ter impacto relevante.

O caso das diferenças entre a venda de bebidas no sul, no norte, no nordeste e no sudeste compõem um exemplo relativamente macroscópico.

Mas há casos em que aspectos geográficos mais específicos, como rodovias e rios, impactam diretamente nos resultados obtidos.

Quer saber mais sobre o modo como esse tipo de conhecimento muda os resultados de uma ação? Confira nosso conteúdo abaixo:

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